domingo, 31 de maio de 2009
grafite no RIO de JANEIRO
ARTISTA ESPANHOL PINTA EMPENA DO RIO SCENARIUM
A casa cede o espaço para projeto inédito que reúne 18 artistas nacionais e estrangeiros dedicados ao grafite-arte.
As obras são do artista espanhol San, que se dedica a trabalhar sobre superfícies degradadas. San foi convidado pelo projeto Fabulosas Desordens organizado pela Caixa Cultural. Com apoio da subprefeitura do Rio Antigo, a intervenção de Sun vai decorar as esquinas das ruas do Lavradio e Visconde do Rio Branco.
O Rio Scenarium sempre teve um importante compromisso com a conservação da Rua do Lavradio. Essa que foi a primeira rua residencial do Rio e importantíssima do ponto de vista político, social e artístico. Ela já abrigou seis teatros e residiram nela Marques do Lavradio, Duque de Caxias, Visconde de Ouro Preto, Marquês de Olinda, a artista Jesuína Montani e o grande ator João Caetano, além dos os engenheiros André Rebouças, Vieira Souto e na casa do escritor Valentim Magalhães, encontravam-se os amigos das letras Raul Pompéia, Olavo Bilac e Coelho Neto.
Atualmente a rua atrai cariocas e turistas do mundo inteiro para apreciar suas casas noturnas, restaurantes e antiquários. Quando se apóia um projeto como esse, a casa não só contribui para a revitalização do espaço mas também para a produção de um fenômeno cultural que cada vez mais se difunde pela cidade como linguagem artística contemporânea.
Grafite – arte
Um tipo de arte nasce nas ruas associada à cultura hip-hop. Do anonimato dos guetos pobres de Nova Iorque da década de 70, os artistas passam hoje a fazerem parte de campos muito mais reconhecidos que os muros deteriorados dos subúrbios das grandes cidades.
Já na década de 80 chegaram às galerias de arte e hoje são absorvidos pelos mercados de publicidade, televisão, cinema, moda e ilustração, geralmente em trabalhos que busquem elementos que proporcionem identificação visual com os jovens.
Quando o grafite começou a ganhar visibilidade em São Paulo com a stencil art (modalidade feita com matrizes geralmente de folhas de acetato), até por volta de seis anos atrás, o grafite - arte era visto no Brasil como vandalismo camuflado de arte, hoje com a inserção em diversos tipos de mercado ele foi reconhecido como arte legitima e vive um momento de efervescência na mídia brasileira. Quando se pensa em revitalização de espaços públicos o grafite é quase impreterível.
No Rio
O reconhecimento institucional do grafite no Rio de Janeiro tem menos de dez anos e teve uma forte ajuda das campanhas sócio educativas que utilizam a técnica. Esse apelo social associado ao grafite - arte se deve a arte ter sido considerada marginal, fraternal (tendo em vista que se tratam geralmente de coletivos) e politicamente descompromissada, o que acaba estimulando uma espécie de estética de atitude radical e ao mesmo tempo fashionista.
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